Nos comunicamos por meio de um aglomerado de símbolos e sons os quais chamamos linguagem. A qual consiste em um conjunto de signos e interpretações para os mesmos, os quais tornam possível a comunicação humana, significante e significado, dessa forma através de idéias-pensamento, podemos transmitir uma intenção através de artifícios fonéticos que ao serem interpretados pelo ouvinte resultam em uma resposta ao estímulo primeiro.
De acordo com Barthes a linguagem se caracteriza por algumas especificidades:
Trata-se essencialmente de um contrato coletivo ao qual temos de submeter-nos em bloco se quisermos comunicar; além disto, este produto social é autônomo, à maneira de um jogo com as suas regras, pois só se pode manejá-lo depois de uma aprendizagem. Como sistema de valores, a Língua é constituída por um pequeno número de elementos de que cada um é, ao mesmo tempo, um vale-por e o termo de uma função mais ampla onde se colocam, diferencialmente, outros valores correlativos. (Semiótica e direito p. 4)
Portanto, podemos dizer que a linguagem é carregada de valores e sendo assim, tem por essas mesmas características a portabilidade de certo rigor, designado por Saussure como arbitrariedade, mutabilidade, imutabilidade e linearidade.
Podemos então afirmar que a língua enquanto mediadora de um grupo de indivíduos e com suas regras e significações é um fenômeno cultural e social, que se fundamenta no propósito de unificar e mediar as atividades comuns de um povo, sendo dessa forma nada mais que um contrato social.
E a apreensão da linguagem se dá por meio de símbolos, signos que são codificados em nossa mente recebendo os significados que outrora os ortorgamos no processo de formação da língua.
Na medida em que encontramos no pensamento de Pierce o conceito de que tudo o que é apreendido pela mente, é apreendido com o caráter de signo, sendo, nesse sentido, o próprio pensamento constituído numa corrente de signos, isto direciona ao problema central das teorias que investigam os processos de representação e significação. (Pierce, 6,7)
Dessa forma, podemos concluir que o processo linguístico se caracteriza pela integração de símbolos, significados e significantes, que são apreedidos pela mente e comumente utilizados por um grupo comum de pessoas, sendo passível de ser aprendido, e objeto de estudos por seus processos.
